De novo

Água invade estrada da Barra no Laranjal e dificulta passagem de veículos

Segundo a Defesa Civil, o nível da Lagoa dos Patos está 1,5m, ou seja, 50cm mais alto que o normal

Empurradas pelo vento Nordeste, as águas da chuva que atingiu a Região Metropolitana do Estado chegaram à Lagoa dos Patos e ao canal São Gonçalo trazendo preocupação para os moradores do Pontal da Barra, em Pelotas, e às autoridades. Na estrada de acesso ao local, na tarde de terça-feira (25), já se transitava com dificuldade devido ao avanço da água, que causava transtornos também no interior da comunidade. Em alerta, a Defesa Civil monitora a situação, que pode assumir proporções semelhantes à enchente do último ano.

Por enquanto, explica o representante da Defesa Civil, Paulo Darci dos Santos, o nível da água não atingiu a medida preocupante de 1,80 metro acima - a Lagoa está 1,5 metro e o canal a 1,55 metro. Porém, com os ventos a 45 quilômetros por hora, registrados pelo Laboratório de Agrometeorologia da Embrapa de Pelotas, o quadro é de apreensão. “Deslocamos uma equipe para o Pontal e para a Colônia de Pescadores Z-3 a fim de averiguar os danos e também remover moradores que assim o desejarem. Ainda não há motivo para pânico”, disse Paulo Darci.

No local, no entanto, o receio é grande. O morador Carlos Eduardo Vaz conta que tem acompanhado o aumento no nível da Lagoa desde a noite de segunda-feira. Ainda na manhã de ontem, apenas um veículo por vez conseguia realizar a travessia. “Tem muita água descendo do rio Guaíba e, para nós, fica a torcida que mude a direção do vento.” Na rua de Naná Carvalho, afirma a moradora, o acúmulo de água já dificultava o ir e vir. Ao final do dia, muitos aproveitaram para carregar pedras e material de contenção para a frente de suas casas.

O problema foi pauta de uma reunião entre a Defesa Civil e as secretarias, onde a prefeitura afirmou estar tomando as medidas necessárias para minimizar os riscos à população.

Prevenir é preciso
Com mais uma cheia ameaçando obstruir o acesso à comunidade do Pontal, retorna à pauta a necessidade de uma medida que possa pôr fim ao problema. Uma tentativa, falha, por parte da prefeitura instalou em abril deste ano uma taipa na estrada a fim de conter as águas. Sem um estudo de impacto e com grande dano gerado à área de preservação permanente, a ação foi enquadrada como crime ambiental pelo Ministério Público e revertida.

Segundo sugestão do ecólogo Marcelo Dutra, o ideal seria, após desfazer a edificação, trabalhar na construção de um novo traçado, na área oposta à que existe hoje, retirando a estrada das proximidades da Lagoa. “A taipa é uma medida paliativa e a comunidade não pode depender de uma medida paliativa. Um novo acesso é necessário e urgente”, defende.

Questionado quanto a esta possibilidade, o secretário de Serviços Urbanos e Infraestrutura, Luiz van der Laan, confirma ser viável a construção um elevado por trás do Valverde, porém a obra demanda um orçamento que a pasta não dispõe no momento. “Existe a ideia e é possível fazer, mas o projeto não avançou em função de verba”, afirma.

O dique
Na terça à tarde, ainda, uma restroescavadeira reconstruiu trecho do dique que separa o Novo Valverde da Barra. A obra, feita pela prefeitura em 2015, tem três metros de altura e 1,8 quilômetro de extensão para impedir que a água da Lagoa dos Patos avance sobre o Novo Valverde.

A situação

O Pontal
Avanço das águas na estrada.
O trecho conhecido como “Curva da Barra” está parcialmente destruído, impossibilitando o tráfego de veículos.

O São Gonçalo e a Lagoa dos Patos
Acúmulo de água excessivo e alguns pontos de alagamentos, mas sem risco de atingir os balneários do Laranjal no momento.

Z-3
Segundo a prefeitura, na região do Cedrinho, na Colônia Z-3, que também sofreu com as inundações em outubro de 2015, a situação continua sob controle. O nível da água do Arroio Sujo está mais alto, mas ainda não causou alagamentos no local.

 A Defesa Civil está realizando

- Monitoramento presencial nas áreas de risco e também com uso de drone
- Preparação de locais de abrigo
- Reserva de materiais de emergência
- Disposição de lancha, caminhões, máquinas e demais veículos
- Colocação de uma equipe de saúde de plantão para eventual necessidade

Qualquer informação pode ser repassada à Defesa Civil através do
telefone 153

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